Se meu coração fosse terra
mais fértil, insistiria
Como é terra sem lei,
deixo passar
Como é terra sem
dono, fico a esperar
O sossego de quem
aqui chegou primeiro
O devaneio de quem
vem de alto mar;
Se meu bem querer
fosse mais certo, eu diria
Como é sem pretexto,
permito que se vá
Como é sem enredo,
deixo desenrolar
Ao sabor de um vento
que venha de longe
E da brisa velha
conhecida de cá;
Se a falta não se
fizesse sentir tanto, ignoraria
Como é barulhenta, a
escuto gritar
Como é violenta, peço
para passar
Passe quando o tempo
decidir que assim seja
Ou quando o encontro
deixe a saudade descansar.
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