Na primeira vez que a viu,ela a causa de todos os seus
dilemas,todo aquele ar decidido que ele adorava mostrar se perdeu
completamente.Ele soube disso e não fez nada a respeito.
Não sabia o que fazer,queria ser diferente,sem saber porque
internamente precisava que desse certo.Pensou em pedir pra ser apresentado,ou
em esbarrar nela por acaso,também podia simplesmente dizer um oi e se sentar ao
seu lado.O que era melhor?Fez todas essas coisas e o prêmio foi conseguir o
telefone da moça.
Agora novamente já
não estava seguro quanto ao que fazer,se ligava pra mostrar interesse,ou se
esperava um tempo pra ver se ela ficava curiosa,podia também mandar mensagem
que seria um meio termo.Bem,no primeiro dia não fez nada,no segundo mandou
mensagem,no terceiro ligou e no quarto fez os três.
Já sabia que a primeira impressão geralmente é a que
fica,queria chamar ela pra sair mas não podia se permitir errar,e aí a
questão:chamava ela pra ver um filme?levava ela pra uma festa?ou um
restaurante?
Pensou bem e levou ela pro shopping,onde assistiram uma
comédia no cinema,jantaram em um restaurante lá mesmo e depois foram pra boate
que ficava ali por perto.
Passado um tempo que já estavam juntos apareceu mais uma
dúvida daquelas.Podia bancar o romântico e pedi-la em namoro,ser mais prático e
apenas colocar ‘’relacionamento sério’’ no facebook pra que ela visse e fizesse
o mesmo,ou convidá-la pra almoçar na
casa dos seus pais e apresentá-la como namorada.De novo fez os três.Sem nem
avisa-la deu a ela o titulo de namorada no almoço em família,divulgou a
novidade na internet ,e no fim do dia(como se ela ainda tivesse escolha depois
de tudo) a pediu em namoro.
Ouviu falar que a primeira noite era algo importante pra uma
mulher.Tinha a opção de ir com ela em algum lugar especial,um hotel chique ou
algo do tipo,também dava pra arrumar o seu próprio quarto pra criar um clima e
ser mais casual,ou então não planejar nada e deixar as coisas acontecerem.
Bem,ele reservou um quarto no hotel,decorou o quarto com
direito a luz de velas e no final da noite ainda a convidou pra ver um filme no
sofá da sala,o resto era conseqüência.
Demorava a dar presente,tentava economizar.Porque quando
dava,a terrível indecisão entre dar
flores,chocolates ou bichinhos de
pelúcia o forçava a dar sempre um de cada.
Demorou um dia inteiro pra escolher o anel de noivado,e por
todo um mês foi em todas as joalherias da cidade pra encontrar o de casamento.
Mas agora era a hora definitiva,e só lhe restavam duas
possibilidades,ela dizer que sim ou responder um não.Não importava tanto a
cena,o lugar ou o tom de voz que fosse
usar,dessa vez não lhe cabia tantas chances,era apenas uma resposta que mudaria
sua vida para sempre.
E só então,se ela dissesse que sim,que aceitava se casar com
ele (o que no fundo ele já sabia) as dúvidas poderiam retornar.A certeza que se
amavam era o que importava,e no mais era só marcar o casamento a tempo de ele
decidir os mínimos detalhes,só pra que fosse
perfeito,só pra ela dizer que sim.
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