Não sei se você tem plena consciência disso,mas eu tenho
cinco linhas pra prender sua atenção. É estranho que seja assim, mas ou eu te
convenço de ler isso aqui antes de mudar de parágrafo ou todo meu esforço
estará perdido.
Nunca entendi ao
certo porque as pessoas dão tanta importância aos começos.Ora, pra mim a
primeira parte de alguma coisa , é simplesmente a primeira parte dessa coisa!
Só isso,simples.Mas,de qualquer forma se sinta a vontade para discordar,não
quero exatamente que você compartilhe da minha ideia,estarei satisfeita se você
já se ater a ler essa crônica até o fim.
Adquiri recentemente o hábito de comparar ‘’composição’’ com
‘’ condução’’.Traço linhas imaginárias e chego até a enxergar os olhos de
alguém percorrendo-as.Entenda,eu tenho que fazê-lo ir até o final,e o conceito
de bom ou ruim já entrego ao seu total julgamento.
É muito chato pegar um filme na locadora,acompanhá-lo
avidamente ,nutrir suspense e expectativas pra no final morrer de raiva, ou
porque algo ridículo acontece (ou pior) se nada acontece.Se tiverem me indicado
o tal filme, eu xingo mesmo. Onde é que já se viu fazer alguém acompanhar a
história toda pra depois vir uma conclusão patética!
Parece mesmo que a ordem,do que quer que seja,faz toda a
diferença.Até o caos deve seguir lá o seu critério de começo,meio e fim,
antes,agora e depois.
Mas sabe,uma coisa que sempre admirei nas pessoas é o fato
de serem,haja o que houver,imprevisíveis.Essa instabilidade é que permite as
surpresas,a adrenalina de no fundo nunca saber como é que vai ser.A capacidade
de superação,de começar mal mas reagir a tempo.E até mesmo de perder o embalo,e não ter sido
dessa vez.
Isso é ser único,é ter uma identidade singular,que se
transfere ao restante do mundo. Momento nenhum se repete e nenhum ato será
exatamente igual a um outro.
Você pode assistir a mesma peça duas vezes,mas o espetáculo
não há jamais de ser idêntico em sua reprodução.Ainda que as falas e as cenas
sejam as mesmas,só o fato do público ser composto por outros rostos já muda
tudo.
E talvez seja por isso que depois de ter dado a partida,me
propus a escolher a dedo cada palavra que usei para trazê-lo aqui,perto de um
ponto final que lhe abrirá espaço pra dizer o que achou.
A sua própria opinião me é um mistério,não sei o que você
pensa do tempo,muito menos o que pensa da minha opinião do mesmo.
Mas se você chegou até aqui,se parou de fazer o que estava
fazendo antes pra ler esse dilema repartido em três partes,posso dizer que
consegui fazer o meu papel.
Lindo o seu texto Sissa...
ResponderExcluirConsegue mesmo prender a atenção do leitor.
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